A série 007 está completando 50 anos. Lá se vão cinco décadas de belas mulheres, carrões, martinis e bugigangas, marcas registradas dos filmes estrelados pelo "agente secreto mais famoso do mundo".
Criado por Ian Fleming ainda na década de 50, James Bond tornou-se ícone absoluto da cultura pop do século XX, desde sua estreia cinematográfica com "O satânico dr. No", de 1962. O filme era repleto de cenas antológicas, como a famosíssima sequência de Ursula Andress saindo do mar e um desconhecido ator escocês parecia ter nascido para o papel.
Sempre é bom lembrar que, nos anos 60, os "3 bês" davam as cartas: era a década dos Beatles, do Batman de Adam West e, claro, do 007 de Sean Connery. Atualmente não é tão fácil mensurar o fenômeno que foi a "bondmania", que teve todos os ingredientes comuns a esse tipo de arrasa-quarteirão popular: bilheterias gigantescas, muito merchandising e, claro, milhões de fãs, alguns totalmente fanáticos, incluindo as mulheres, que perseguiam Connery aonde quer que
fosse, criando problemas até mesmo para as filmagens.
fosse, criando problemas até mesmo para as filmagens.
Depois de Connery, mais cinco atores encarnaram 007 nas telas, alguns mais, outros menos bem-sucedidos. Colocaria na primeira lista Roger Moore, Pierce Brosnan e, claro, Daniel Craig, responsável por dar sequência `a série atualmente. Já George Lazenby e Timothy Dalton não emplacaram, embora, na minha opinião, tenham feito bons filmes. De qualquer modo, o conjunto da obra de 007 nos cinemas deve-se principalmente aos produtores Harry Saltzman e Albert Brocolli, que muito batalharam para levar a criação de Fleming `as telas. Atualmente, a tarefa é dividida entre Barbara Brocolli (filha de Albert) e Michael Wilson, que aparentemente detêm controle total sobre as produções, as quais foram ficando cada vez mais suntuosas ao longo dos anos. Há vários fatores que contribuem para a longevidade da série: as locações exóticas, as inacreditáveis sequências de ação, as "bond girls" etc, etc, etc. Para mim, no entanto, um elemento é inesquecível: a trilha sonora do mestre John Barry, falecido no ano passado. Faça o teste: pense na composição e resista `a vontade de vestir um smoking e pedir um martini "batido, não mexido".
Para comemorar o cinquentenário, a MGM está lançando uma caixa especialíssima, com TODOS OS FILMES em blu-ray. Presentaço de natal, não? E o vídeo promocional é um deleite, juntando partes de todos os 23 filmes oficiais:
Meus cinco filmes preferidos:
1 - Goldfinger
Clássico absoluto e melhor filme da série até hoje. Estabeleceu as bases para os "cânones Bond": prólogo com sequência de ação, abertura, uso de bugigangas e vilões caricatos. Foi nesse filme que o Aston Martin foi utilizado pela primeira vez e a canção da diva Shirley Bassey é fantástica. O plano do vilão é um barato: roubar todo o ouro do Fort Knox. Para completar, temos o capanga Oddjob com seu chapéu assassino e a icônica cena da bondgirl pintada de ouro, tudo embalado pela trilha perfeita de John Barry. Ótimo para assistir em uma tarde chuvosa.
2 - Cassino Royale
Após quatro filmes de sucesso estrelados por Pierce Brosnan, os produtores resolveram renovar totalmente a franquia. Apesar de algumas críticas dos fãs, a estreia de Daniel Craig surpreendeu a todos e bateu recordes de bilheteria. Baseado no primeiro livro de Ian Fleming, o filme tem muita ação, pouquíssimas bugigangas e deu um tom mais sério ao personagem, que parece uma verdadeira máquina de matar. Ah, e Eva Green é, fácil, uma das melhores bondgirls de todos os tempos.
3 - Goldeneye
Gosto bastante do filme de estreia de Pierce Brosnan. Mesclando um pouco os estilos de Sean Connery e de Roger Moore, Brosnan estabeleceu o James Bond definitivo para a geração pós-guerra fria. A história não é lá grande coisa, mas também não compromete. Pela primeira vez, 007 tem uma chefe do sexo feminino, reflexo dos novos tempos e uma tentativa de modernizar de vez a série. Destaque para a bondgirl "Xenia Onatop" (!), feita pela "Jean Grey" Famke Jansen.
4 - Permissão para matar
Sei que vou causar polêmica, mas admito que gosto de Timothy Dalton como 007. Apesar de fazer um Bond sisudo demais, Dalton atuou em dois bons filmes. Este é especialmente interessante, pois mostra 007 em uma missão de vingança, perseguindo um vilão bastante comum em filmes de ação dos anos 80: o bom e velho megatraficante de drogas, interpretado pelo excelente Robert Davi. É um dos mais violentos da série e teve algumas sequências cortadas quando passou na TV. Carey Lowell e Talisa Soto são duas das bondgirls mais lindas de todos os tempos.
5 - O espião que me amava
Roger Moore fez muito sucesso como Bond, embora também tenha feito alguns dos piores filmes da série. No auge da caricatura, até para o espaço 007 acabou indo. Este é seu filme mais equilibrado, no qual todos os elementos da série se encaixam perfeitamente: a canção de Carly Simon, a bondgirl sensual e o mais famoso vilão de todos: Jaws, caso raro de antagonista que retornou em outro filme.
Para comemorar o cinquentenário, a MGM está lançando uma caixa especialíssima, com TODOS OS FILMES em blu-ray. Presentaço de natal, não? E o vídeo promocional é um deleite, juntando partes de todos os 23 filmes oficiais:
Meus cinco filmes preferidos:
1 - Goldfinger
Clássico absoluto e melhor filme da série até hoje. Estabeleceu as bases para os "cânones Bond": prólogo com sequência de ação, abertura, uso de bugigangas e vilões caricatos. Foi nesse filme que o Aston Martin foi utilizado pela primeira vez e a canção da diva Shirley Bassey é fantástica. O plano do vilão é um barato: roubar todo o ouro do Fort Knox. Para completar, temos o capanga Oddjob com seu chapéu assassino e a icônica cena da bondgirl pintada de ouro, tudo embalado pela trilha perfeita de John Barry. Ótimo para assistir em uma tarde chuvosa.
2 - Cassino Royale
Após quatro filmes de sucesso estrelados por Pierce Brosnan, os produtores resolveram renovar totalmente a franquia. Apesar de algumas críticas dos fãs, a estreia de Daniel Craig surpreendeu a todos e bateu recordes de bilheteria. Baseado no primeiro livro de Ian Fleming, o filme tem muita ação, pouquíssimas bugigangas e deu um tom mais sério ao personagem, que parece uma verdadeira máquina de matar. Ah, e Eva Green é, fácil, uma das melhores bondgirls de todos os tempos.
3 - Goldeneye
Gosto bastante do filme de estreia de Pierce Brosnan. Mesclando um pouco os estilos de Sean Connery e de Roger Moore, Brosnan estabeleceu o James Bond definitivo para a geração pós-guerra fria. A história não é lá grande coisa, mas também não compromete. Pela primeira vez, 007 tem uma chefe do sexo feminino, reflexo dos novos tempos e uma tentativa de modernizar de vez a série. Destaque para a bondgirl "Xenia Onatop" (!), feita pela "Jean Grey" Famke Jansen.
4 - Permissão para matar
Sei que vou causar polêmica, mas admito que gosto de Timothy Dalton como 007. Apesar de fazer um Bond sisudo demais, Dalton atuou em dois bons filmes. Este é especialmente interessante, pois mostra 007 em uma missão de vingança, perseguindo um vilão bastante comum em filmes de ação dos anos 80: o bom e velho megatraficante de drogas, interpretado pelo excelente Robert Davi. É um dos mais violentos da série e teve algumas sequências cortadas quando passou na TV. Carey Lowell e Talisa Soto são duas das bondgirls mais lindas de todos os tempos.
5 - O espião que me amava
Roger Moore fez muito sucesso como Bond, embora também tenha feito alguns dos piores filmes da série. No auge da caricatura, até para o espaço 007 acabou indo. Este é seu filme mais equilibrado, no qual todos os elementos da série se encaixam perfeitamente: a canção de Carly Simon, a bondgirl sensual e o mais famoso vilão de todos: Jaws, caso raro de antagonista que retornou em outro filme.
É. Acho que tu vais ficar sozinho defendendo o Permissão Para Matar. Não sei se tem como gostar daquele filme. Acho que prefiro até o do Roger Moore com a Grace Jones, que pelo menos tem a música do Duran Duran.
ResponderExcluirHaha. Imaginei que ficaria isolado. Mas o do Roger Moore só vale pela música do Duran Duran, né? E quanto aos outros da lista?
ResponderExcluirUm dos meus preferidos é "Com 007 só se vive duas vezes", que marcou bastante a minha infância. Estes dias vi "O espião que me amava", que já vale só pelo carro que se transforma em submarino. Coisas que não se vê mais nos filmes de hoje.
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