quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O pó do povo

Essa notícia é tão bizarra que eu custo a acreditar que seja verdadeira. O que diria Marx sobre isso?

Fonte: UOL



Convite para "Quarta Louca por Jesus" traz pastor cheirando a "Bíblia" no Espírito Santo

Flávia Bernardes
Do UOL, em Vitória
  • Reprodução
    Convite da Igreja Missão Evangélica para a "Quarta Louca por Jesus" mostra pastor cheirando a "Bíblia"
    Convite da Igreja Missão Evangélica para a "Quarta Louca por Jesus" mostra pastor cheirando a "Bíblia"
O projeto evangélico da Igreja Missão Evangélica, em Vila Velha, no Espírito Santo, chamou a atenção ao expor o pastor Lúcio Barreto, mais conhecido como Lucinho, cheirando a Bíblia no convite para o culto de jovens que reúne 1.500 jovens semanalmente para estudar o livro sagrado dos cristãos.
O culto, realizado todas as quartas-feiras pelo pastor Lucinho, líder nos estudos feitos com os jovens na igreja, é chamado de “Quarta Louca por Jesus”. Para o também pastor e presidente da Igreja Evangélica Missão, Simonton Araújo, o convite tem o objetivo de alcançar a juventude que está sem rumo e sem direção.
“Ele não está cheirando nada, só está mostrando que é melhor viver com a Bíblia. Está mostrando este caminho como algo muito mais valioso e prazeroso”, disse Simonton.
Polêmico, o convite ganhou destaque nas mídias sociais devido à alusão ao consumo de drogas, mas, segundo o pastor, o convite apenas fugiu do padrão comum. De acordo com ele, a Igreja Evangélica Missão luta pela modernidade sem abrir mão do conteúdo evangélico.
Criticada nas redes sociais, a foto foi associada pelos internautas ao consumo de cocaína. Por outro lado, o convite também recebeu elogios na rede de quem considerou a foto moderna e “extremamente evangelista”. O pastor Lucinho está viajando a trabalho e não foi encontrado pelo UOL para  comentar a foto do convite.

domingo, 26 de agosto de 2012

Um pequeno passo para a humanidade





Já faz umas eras que larguei esse aplicativo online multiplicador de fascistas que e é o Facebook. Então me poupo de ver as manifestações de boçalidade que as pessoas colocam nas assim chamadas redes sociais.

Mas ontem, conversando com o Daniel, fiquei bastante chocado ao saber que uma imensa maioria de usuários não sabia quem foi Neil Armstrong. E ainda estufava o peito, cheio de orgulho de sua ignorância, dizendo que não tinha obrigação de saber.

Não consigo entender o que é pior. A ignorância ou o culto à ignorância. Parece que hoje o cool é ser burro e ostentar sua burrice. Até aceito argumentos de que ignorar um fato não significa falta de inteligência, e que conhecimento e inteligência não são sinônimos. Mas estou falando de um homem que faz lembrar o que de melhor existe no ser humano. Neil Armstrong não era apenas um heroi americano, assimo como Yuri Gagarin não foi apenas um heroi soviético. Todos eles são herois da humanidade. Realizaram feitos quase impossíveis para época, e ainda fantásticos para os dias de hoje. Tenho o maior orgulho dos dois, assim como tenho orgulho de Buzz Aldrin e Michael Collins.

E, para quem acha que a viagem à Lua não serviu para nada, lembro que em pouco tempo mudará de ideia. A exploração lunar em breve libertará a humanidade da escravidão do petróleo, substituindo-o pela energia limpa do Helium 3. E se você não sabe o que é esse tal de Helium 3, corre para a Wikipedia, porque ser ignorante é até tolerável, mas querer continuar ignorante não é.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Gol, o orgulho brasileiro

Videozinho bem didático sobre o preço do automóvel no Brasil. Para pagar servidor público, o governo  Dilma não tem dinheiro. Mas pra dar mumu para montadora, sempre tem.


The Elder Sign

Seguindo aquela ideia de que o mercado farmacêutico sempre tem a solução para uma doença que você nem sabia que existia, esse divertido comercial fictício apresenta um medicamento para quem sofre dos mesmos sintomas que os personagens de H. P. Lovecraft.

Quem leu Sombras Perdidas no Tempo vai entender a piada. No final aparecem rapidinho os efeitos colaterais, como deslocamento temporal, estimulação da glândula pineal e Síndrome do Árabe Louco, dentre outros.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Meus filmes preferidos de Tony Scott

Tony Scott se foi. E de forma surpreendentemente trágica. Não era um dos meus diretores preferidos. Sempre achei seus filmes extremamente superficiais e pontuados por aquela montagem típica de videoclipe, características que não aprecio tanto. Porém, é inegável que, em conjunto com Adrian Lyne, Scott forma a dupla de diretores mais influentes do cinema americano dos anos 1980. Ambos vieram da publicidade e levaram para seus filmes aquele visual esfumaçado e o ritmo acelerado que fizeram escola no cinema ( e que foram apropriados por cineastas como Michael Bay). Senhor absoluto das bilheterias nos anos 80, Scott nos deu "Top Gun", "Um tira da pesada II" e o cultuado "Fome de viver", provavelmente o único filme de sua carreira que a crítica em geral respeita. Pouco conhecido do grande público, o filme de vampiros estrelado por David Bowie permanece impactante e, ao contrário de muitas obras, só melhora com o tempo. Vale sempre a pena revê-lo.
Discordo daqueles que acham Tony o irmão menos talentoso de Ridley Scott. Em termos de estilo, o primeiro sai ganhando. Gostemos ou não, seus filmes sempre tinham uma assinatura, uma marca, algo que Ridley Scott foi abandonando ao longo dos anos em razão de seus inúmeros trabalhos como diretor contratado.
Meus filmes preferidos de Tony Scott:
1 - Amor `a queima-roupa
Roteiro de Tarantino e uma história violenta, marcante, com um elenco tão bom que dá vontade de chorar: Gary Oldman, Christopher Walken, Brad Pitt, James Gandolfini e uma belíssima Patricia Arquette. 



2 - Maré vermelha
Filmaço de ação, com um duelo impressionante entre Gene Hackman e Denzel Washington, que começou aqui sua longa parceria com o diretor.



3 - Fome de viver
Um dos filmes mais cultuados de todos os tempos. Trilha sonora do Bauhaus. Susan Sarandon novinha e linda. David Bowie como ator. Pena que depois Scott foi fazer "Top Gun".



4 - Inimigo do estado
Por incrível que pareça, até Will Smith está bem neste thriller que brinca com a paranoia americana de invasão de privacidade. Ideal para assistir comendo pipoca e torcendo pelos mocinhos.


5 - Dias de trovão
Pois é. Não curto corridas de carro, mas assisti tantas vezes a esse filme que ele já está na memória afetiva. Ou seja, ocupa um lugar além do bem e do mal. E Nicole Kidman está linda como nunca.


sábado, 18 de agosto de 2012

Pussy Riot e o "espírito" do punk

Na última sexta-feira saiu a sentença do caso "Pussy Riot", a banda punk moscovita de meninas que tiveram a pachorra de protestar contra o excelentíssimo Putin. E não deu outra: o Poder Judiciário cumpriu seu papel histórico e condenou as moçoilas a nada menos que dois anos de prisão. Beleza, hein? Mesmo assim, foi um barato ver as meninas peitarem o czar, em uma atitude genuinamente punk rock. 
Pussy Riot rules!

Rússia

17.08.2012 13:04

Pussy Riot: as ‘revolucionárias’ viraram símbolo da oposição na Rússia


Yekaterina Samutsevich, Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, as integrantes do Pussy Riot, durante a audiência nesta sexta-feira, em Moscou. Foto: Natalia Kolesnikova / AFP
Chegou ao fim nesta sexta-feira 17 o julgamento de três integrantes da banda punk russa Pussy Riot. Presas desde março por realizar um protesto dentro da Catedral de Cristo o Salvador, um famoso templo Ortodoxo em Moscou, Yekaterina Samutsevich, de 29 anos, Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, e Maria Alyokhina, de 24 anos, foram condenadas a dois anos de prisão por vandalismo e incitação ao ódio religioso. A juíza do caso, Marina Syrova, notou, segundo a AFP, que as três “não expressaram arrependimento por seus atos, violaram a ordem pública e ofenderam os sentimentos dos crentes”. Para as cantoras, a frase deve ter soado como música. Era exatamente esta a intenção da banda em 21 de fevereiro, quando decidiram fazer uma “oração” pedindo para “Maria, mãe de Deus” tirar o presidente Vladimir “Putin do poder”. Com a condenação, o Pussy Riot conseguiu mais que isso. O grupo se tornou mais um nome na lista de símbolos para a cada vez mais corajosa oposição russa.
É provável que nos próximos dias e semanas, Putin tente conter a ascensão das integrantes do Pussy Riot ao patamar de “mártires políticas”. Ele pode, por exemplo, conceder a elas um perdão presidencial, ou elogiar a “curta” sentença que o tribunal proferiu dias depois de ele dizer que esperava um julgamento “não muito duro”. Se preferir deixar as três na cadeia, o presidente russo e seus aliados devem usar com o Pussy Riot a mesma estratégia de dezembro e março, quando classificaram os milhares de manifestantes que foram às ruas protestar contra as eleições fraudadas como agentes estrangeiros, influenciados pelo Ocidente.
No caso do Pussy Riot, eles terão munição para dizer que o Ocidente quer “destruir a Rússia”. A banda teve o apoio de alguns dos maiores nomes da música “ocidental”, como a cantora Madonna e as bandas Red Hot Chilli Pepers, Franz Ferdinand e Faith No More, além de inúmeras instituições de direitos humanos. Nesta sexta-feira, diversos protestos em solidariedade ao grupo foram realizados, majoritariamente em países da Europa Ocidental. Com cartazes e máscaras semelhantes às que o Pussy Riot costuma usar em suas apresentações-protesto relâmpago, pediam que as três fossem inocentadas.

O enxadrista Garry Kasparov é preso e agredido por policiais em Moscou, em frente ao tribunal onde ocorreu o julgamento das integrantes do Pussy Riot. Foto: Divulgação / Facebook
O que não se sabe é se a estratégia de Putin e de seus aliados terá efeito. Os manifestantes que foram às ruas no começo do ano protestar contra as fraudes nas eleições tinham uma série de reivindicações. Em cartazes e gritos de guerra, pediam a democratização, a redução da burocracia e combate à corrupção. No julgamento da integrantes do Pussy Riot, tudo de ruim na Rússia veio à tona. Foram expostas a falta de liberdade de expressão, o autoritarismo do presidente, capaz de interferir no Judiciário, e a violência policial. Em Moscou, onde também houve manifestações pró-Pussy Riot, dezenas de pessoas foram presas e agredidas nesta sexta-feira. Entre elas, o enxadrista e ativista político Garry Kasparov. Também não vai soar bem para uma classe média que protesta pela modernização do país a união entre o Kremlin de Putin e a Igreja Ortodoxa, um vínculo que faz lembrar o czarismo. O próprio protesto do Pussy Riot levantou esta questão. As meninas entraram na catedral em fevereiro para protestar contra o amplo apoio dos líderes religiosos a Putin nas eleições de março.
Ao ouvir a sentença nesta sexta-feira, Yekaterina, Nadezhda e Maria sorriam. Nadezhda, a mais falante do grupo, afirmou ao repórter David M. Herszenhorn, do jornal The New York Times, que as três estavam “felizes”. “Porque deixamos a revolução mais perto”, disse ela. A conclusão da cantora talvez seja ingênua. Putin, um ex-oficial da KGB que mandou um de seus principais opositores para uma prisão na Sibéria, controla com mão de ferro todas as instituições importantes do Estado e exerce enorme controle sobre governos regionais e locais. A classe média russa, que começou a ir às ruas no ano passado, também não parece tão ansiosa por uma revolução, palavra que remete a memórias tétricas no país, mas sim por uma evolução das instituições. É certo, entretanto, que Putin comete inúmeros erros que ajudam a estimular apelos revolucionários. Alçar uma banda punk revolucionária ao posto de símbolo da luta política é o mais novo deles.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

The H.P. Podcraft



De uns tempos para cá, andei descobrindo o mundo maravilhoso dos podcasts. Para quem quer fugir da programação de televisão ou rádio e ter o poder de escolha do assunto que quer ouvir é uma excelente opção. Atualmente acompanho todos os episódios do Podcast Cinema em Cena, cuja equipe sempre traz notícias e comentários inteligentes sobre a sétima arte.

Ontem, por indicação do Daniel, achei uma verdadeira preciosidade. Para quem, como eu, é fã da obra do cavalheiro de Angel Street, The H.P. Lovecraft Literary Podcast é uma excelente pedida. O único senão, claro, é que os programas são em inglês. Mesmo assim, para quem tem um ouvido médio para a língua de nossos irmãos do Norte, a pronúncia dos caras, com sotaque de Massachusetts, é bastante clara e acessível.






Até agora ouvi o programa (em três partes) sobre o maravilhoso conto Um Sussurro nas Trevas, que recentemente foi (muito bem) adaptado para as telas de cinema, no melhor estilo dos filmes clássicos da Universal. Já havia comentado isso em outro post.

No site os caras também oferecem versões em aúdio de contos originais, como The Call of Cthulhu, From Beyond e Cool Air, dentre outras. Ainda não ouvi, mas com certeza farei em breve.

Os comentários são inteligentes e bem humorados. Para quem é fã ou deseja conhecer mais sobre a obra de Lovecraft, ouvir o Podcraft é altamente recomendável.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Rocksmith no baixo

Passei hoje o dia esperando pelo aguardado DLC do Rocksmith de suporte para baixo. Fato é que eu tenho achado o jogo tão legal na guitarra que até fiquei um pouco decepcionado com a expansão. Claro que é reclamar de barriga cheia. Os arranjos para baixo ficaram bem legais, e todas as músicas inclusas no jogo já contam com o baixo. Mas é que depois de fazer o master mode na guitarra em músicas como Message in a Bottle (a que eu mais me encarnei essa semana), a versão para baixo parece até retard. Legal vai ser chamar um amigo para jogar uma jam.


Quando a esquerda assume o papel da direita


Minha intenção inicial era escrever um post sobre como ando decepcionado com os rumos que o Governo Dilma tem tomado, em especial relativamente à demonização dos servidores públicos. Mas a capa da gossip-magazine mais famosa do Brasil já diz tudo.

Ao contrário de Lula, que tinha verdadeiro compromisso com o povo, Dilma tem se demonstrado uma tecnocrata de fazer inveja a qualquer tucanalha da vida. Profunda decepção minha.


sábado, 11 de agosto de 2012

Russas com punk rock até os ossos


Aproveitando o fim-de-semana olímpico para postar uma notícia importantíssima veiculada pelo site da cartacapital. 

No embalo do punk rock moscovita, só tenho a dizer o seguinte:

Mensalão my ass! Julgamento do século é esse aqui:



Rússia

09.08.2012 10:11

Pussy Riot, entre Putin e a Igreja

Enquanto no Brasil os onze ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam os casos de 38 réus denunciados pelo “mensalão”, um julgamento de igual ou até mesmo maior clamor social se desenrola em Moscou desde a semana passada.  Sem serem acusadas de lavagem de dinheiro ou por desvio de verbas, três meninas da banda punk Pussy Riot dividiram a opinião pública depois de terem sido levadas à corte por conta de um protesto contra o presidente Vladimir Putin, durante um culto na Catedral Cristo Salvador, na capital russa.
O episódio aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano. Encapuzadas e carregando guitarras, cinco meninas invadiram a catedral com câmeras de vídeo e correram para o altar (onde, segundo a tradição, apenas homens podem subir), entoando uma “oração” que criticava o apoio da Igreja Ortodoxa ao governo. A letra da canção pedia: “Maria, mãe de Deus, tire Putin do poder”.
As Pussy Riot Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina e Yekaterina Samutsevich, presas por protestar dentro da igreja  Foto: AFP
vídeo foi publicado no Youtube e logo se tornou um viral na internet. A polícia – que na ocasião só havia interrompido o ato – foi acionada e três das cantoras que realizaram o protesto acabaram sendo presas, denunciadas por vandalismo.
Desde então, Yekaterina Samutsevich, de 29 anos, Nadezhda Tolokonnikova, de 22, e Maria Alyokhina, de 24, permanecem na cadeia, situação que, de acordo com o jornal britânico The Guardian, não é comum na Rússia, onde a prisão geralmente só acontece após o julgamento. Em março, as meninas tentaram ser soltas,mas a Justiça russa decidiu mantê-las em prisão preventiva.
O julgamento
Na segunda-feira 30 de julho foram iniciadas as audiências, que estão sendo transmitidas ao vivo pelo site do tribunal Jamovnicheski de Moscou. No primeiro dia de julgamento, a promotoria afirmou que o trio poderia pegar até sete anos de prisão, mas na última terça-feira 7 a condenação foi estimada em três anos.
Os promotores afirmam que as ações mostram “claramente ódio religioso e inimizade” por parte das cantoras e completam dizendo que “houve zombaria verdadeira e humilhação dirigida às pessoas na igreja”.
A Igreja Ortodoxa pediu que o grupo também fosse acusado de blasfêmia. Pelas falas dos promotores, percebe-se que a Justiça russa achou legítimo o discurso da igreja. Existe um consenso de que “neutro” é a última coisa que este julgamento está sendo. Apesar disso, na quinta-feira 2, Putin disse que as meninas não deveriam ter um julgamento tão duro.
Nas imagens transmitidas ao vivo durante as audiências, Yekaterina, Maria Alyokhina e Nadezhda aparecem calmas e sorridentes. Na quarta-feira 8, a última comparou o julgamento a um ato stalinista. “O julgamento se parece com o das troikas da época de Stalin”, declarou, em referência aos grupos de três pessoas que, a partir dos anos 30, condenaram de maneira sumária e arbitrária milhares de soviéticos acusados de crimes políticos a anos de campos de reclusão ou à pena de morte.
O tribunal deve dar sua sentença final no dia 17 de agosto.
Apoio internacional
Grupos de direitos humanos já se manifestaram em favor das Pussy Riot. “A decisão do tribunal não dependerá da lei, mas da vontade do Kremlin”, disse Liudmila Alexeieva, uma moscovita que chefia o grupo de defesa dos direitos humanos Grupo de Helsínquia, a uma agência internacional de notícias.
Na noite de terça-feira 7, Madonna disse durante um show em Moscou que rezava pela liberdade das russas. Ao surgir no palco com a inscrição “Pussy Riot” pintada em suas costas, a cantora causou estardalhaço na plateia. O apoio de Madonna ao grupo se soma ao de outras celebridades, como as bandas Red Hot Chilli Pepers, Franz Ferdinand, Faith No More e os músicos Sting e Peaches. Yoko Ono, viúva de John Lennon, pediu em sua conta no Twitter para Putin libertá-las.
Do lado político, 120 deputados federais alemães expressaram “preocupação” com o caso, em uma carta enviada ao embaixador russo em Berlim. E segundo o jornal russo Kommersant, o ministro tcheco das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, também expressou seu apoio.
A banda
As Pussy Riot se inspiraram nos grupos punk femininos dos anos 1990, como o Bikini Kill, que irrompeu na cena musical moscovita no início do inverno passado com letras agressivas e performances pouco habituais.
Consideram-se um movimento avant-garde de uma geração descontente com Putin, que está há 12 anos no poder. Interpretaram que o país precisava de uma banda militante de street punk feminista, que pudesse tocar nas ruas e praças de Moscou e mobilizar a energia pública contra o governo e a dominância masculina, além de militar pelas causas LGBT.
Essa não é a primeira vez que o grupo tem problemas com o Estado russo. Em janeiro, a banda foi detida depois de tocar na Praça Vermelha, espaço símbolo dos militares, a música Revolt In Russia.
Quando questionado sobre sua opinião a respeito do governo Putin, o grupo costuma rebater:  “Como você via a Líbia sob o governo de Gaddafi? Como você vê a Coreia do Norte sob o governo de Kim Jong-un?”
*Com informações da AFP e do jornal The Guardian