Homenagem de Tarantino ao baterista do Santa Esmeralda. RIP, Bradford Lee Parker.
De qualquer forma, apesar de achar a versão disco bacana, ainda sou mais do Animals.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Killers e Werner Herzog
Hoje acontece o lançamento oficial do novo álbum do Killers, "Battleborn". Essa é uma das minhas bandas preferidas atualmente. Rock and roll sem frescuras, discos feitos na medida pra escutar da primeira à última faixa sem pular nenhuma. Influências descaradas de New Order, U2, Duran Duran e Strokes. Ou seja, tudo que um apreciador de boa música pop deve escutar. Tenho a impressão de que, se não fosse pelos Strokes ou pelo Killers, a música eletrônica teria dominado totalmente os arranjos das bandas do século XXI. Ainda bem que isso não aconteceu.
Para celebrar o novo disco, a banda mais famosa de Vegas convidou Werner Herzog para dirigir um mini-documentário que eles disponibilizaram no youtube. Além disso, fazem daqui a pouco um show de lançamento de "Battleborn", a ser transmitido pelo canal da banda no youtube. A apresentação é em Nova York e também é dirigida por Herzog. Viva a internet.
O primeiro single do disco é este:
Review: Intouchables
Assisti sem ter ideia do que seria a história. Foi uma surpresa bastante agradável. Intouchables é mais um daqueles filmes sobre amizade. Segue aquele esquema convencional, quase hollywoodiano, mas sem cair na pieguice gratuita. Os cineastas brasileiros podiam se inspirar nesse exemplo para entenderem que um filme não é simplesmente uma novela com 120 minutos de duração exibida numa tela grande.
domingo, 16 de setembro de 2012
Review: Cosmopolis
Cronenberg resolve sacanear aquele guri do Crepúsculo, fazendo um filme com ele. Robert Pattinson passa até por exame de próstata.
Saudades da época que Cronenberg fazia filmaços como Scanners. Esse abacaxi não merece maiores comentários.
Saudades da época que Cronenberg fazia filmaços como Scanners. Esse abacaxi não merece maiores comentários.
sábado, 15 de setembro de 2012
“Picardias Estudantis”: parece que foi ontem
Interessante artigo de André Barcinski sobre um filme de Cameron Crowe, com um super-elenco e trilha sonora do Led Zeppelin.
Imagine um filme que reúna ótimos atores como Sean Penn, Jennifer Jason Leigh, Forest Whitaker e Eric Stoltz, um astro como Nicholas Cage e um ator conhecido da TV como Anthony Edwards (o Dr. Mark Greene de “Plantão Médico”).
Agora, imagine que esse filme será escrito por Cameron Crowe, diretor de “Jerry Maguire” e “Quase Famosos”, e dirigido por Amy Heckerling, responsável por sucessos como a série “Olhe Quem Está Falando”.
Impressionante, não?
Mas esse filme já existe. Aliás, foi lançado há exatos 30 anos e marcou a adolescência de toda uma geração.
Chama-se “Fast Times At Ridgemont High”. No Brasil, “Picardias Estudantis”.
Além de todos esses atores que citei, o filme tinha ainda Judge Reinhold (conhecido como o parceiro de Eddie Murphy em “Um Tira da Pesada)” e a gatíssima Phoebe Cates, musa teen que depois casou com o ator Kevin Kline e abandonou a carreira de atriz.
“Picardias Estudantis” foi, para a geração dos anos 80, o que “American Graffiti” (1973), de George Lucas, representou para a geração anterior: um filme que lançou vários nomes que se tornariam famosos no cinema. Basta lembrar que Ron Howard, Richard Dreyfuss e Harrison Ford estavam no elenco do filme de Lucas.
Revi “Picardias Estudantis” outro dia. Está longe de ser um grande filme, mas, comparado à atual safra de comédias juvenis hollywoodianas, parece “Cidadão Kane”.
E tem o trunfo de contar com Sean Penn, vivendo um dos maconheiros mais engraçados do cinema, o surfista Jeff Spicoli.
Achei uma galeria de fotos que mostra o elenco de “Picardias Estudantis” hoje e há 30 anos. Confira aqui.
Dá vontade de rever o filme pela trigésima vez…
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Review: 23
(Quase) Nada a ver com o filme de Jim Carey, estrelado por Joel Schumacker. 23 é um thriller alemão de 1998, baseado na história real do hacker alemão Karl Koch, que nos anos 80, final da Guerra Fria, vendia informações para a KGB.
O título é uma referência à obsessão do protagonista com o número 23. O 23 skidoo ganhou fama com o escritor William S. Burroughs, outro paranoico de carteirinha. Karl Koch tinha por livro de cabeceira a Trilogia Illuminatus!, série cult de Robert Shea e Robert Anton Wilson, que, dentre teorias conspiratórias de todo o tipo, traz o número maldito.
Filho do editor de um jornal de extrema-direita, Karl Koch vira um ativista radical de esquerda, inspirado pelo livro que lera quando criança. Não tarda muito para o rapaz virar um hacker e se envolver com traficantes e espiões. Por idealismo, opta pelo lado dos russos, já que odeia os americanos imperialistas.
Claro que os livros de Shea e Wilson são um deboche declarado aos teóricos da conspiração. Mas Karl Koch levava tudo aquilo a sério e, com o tempo entra numa espiral descendente, alimentada pelo seu vício em cocaína, que culminará em trágicas consequências.
23 vale a pena ser conferido, principalmente pelo clima low tech duma época pré Internet, que traz um charme especial à história. Os hackers acessam a BBS (para o pessoal mais novo: uma espécie de mãe da Internet), usando um Commodore 64 (que na época era um brinquedo bem caro).
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Ralph esmaga!!!
Trailer da animação Detona Ralph, que me pareceu ter potencial para ser o Toy Story dos videogames. O conceito é fantástico. Tomara que consigam aproveitar a ideia e seja um grande filme.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Kick in the eye
Ah! A sabedoria de Morrissey, sempre com bons conselhos para os momentos difíceis. Com certas pessoas, a melhor política não é um sorriso, mas um chute no olho.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
O novo lanterna verde e a xenofobia made in USA
Já sabia a respeito da criação de um novo lanterna verde nesse reboot que a DC vem promovendo há um ano. No entanto, não imaginava que teríamos as hq's de super-heróis novamente em pauta nos noticiários e em mídias geralmente pouco afeitas a veicular qualquer informação referente ao mundo dos quadrinhos. De qualquer forma, achei legal a iniciativa do Geoff Johns, principal roteirista da DC atualmente e um dos responsáveis por reconduzir o lanterna ao primeiro time de personagens da editora. Johns acaba de criar um personagem com ascendência muçulmana, fato extremamente raro nesses mais de 70 anos de existência da DC comics nos Estados Unidos, sinal claro de evolução na forma como os quadrinhos de super-heróis vêm sendo tratados nos últimos tempos e algo a ser celebrado pelos fãs do gênero.
Um personagem de histórias em quadrinhos é capaz de conter uma rica e organizada campanha para marginalizar uma etnia e uma religião? A resposta para essa pergunta provavelmente é não, mas o escritor Geoff Johns e a DC Comics vão tentar fazer isso ao lançar nos Estados Unidos, nesta quarta-feira 5, a nova série do Lanterna Verde. Pela primeira vez nos Estados Unidos o protagonista da história será um árabe-americano, representante de um grupo que, desde os ataques de 11 de Setembro de 2001, passou a conviver com a hostilidade de boa parte da sociedade norte-americana.
A matéria da cartacapital está ótima, como sempre:
05.09.2012 14:40
O novo Lanterna Verde mira o preconceito contra muçulmanos nos EUA
Um personagem de histórias em quadrinhos é capaz de conter uma rica e organizada campanha para marginalizar uma etnia e uma religião? A resposta para essa pergunta provavelmente é não, mas o escritor Geoff Johns e a DC Comics vão tentar fazer isso ao lançar nos Estados Unidos, nesta quarta-feira 5, a nova série do Lanterna Verde. Pela primeira vez nos Estados Unidos o protagonista da história será um árabe-americano, representante de um grupo que, desde os ataques de 11 de Setembro de 2001, passou a conviver com a hostilidade de boa parte da sociedade norte-americana.
O novo Lanterna Verde será Simon Baz. Como Johns, responsável pelo Lanterna Verde desde 2010, Baz é descendente de libaneses e cresceu em Detroit, uma das cidades americanas onde a presença de árabes e muçulmanos é mais antiga. A história começa com Baz vendo pela TV os ataques da Al-Qaeda e, depois, vivenciado o preconceito gerado pela reação de muitos americanos aos atentados. Baz, após roubar um carro, se torna suspeito de terrorismo e, quando vai ser preso, é convocado para se tornar um policial intergalático.
Baz não será o primeiro herói muçulmano. A própria DC Comics lançou Nightrunner, um francês-argelino que atua em parceria com o Batman, e a Marvel tem Dust, uma mutante afegã integrante da série X-Men. Há ainda a série The 99, de Naif Al-Mutawa, na qual as estrelas são heróis baseados na cultura muçulmana. A diferença de Simon Baz é sua origem miscigenada. Ele é um árabe-americano, o que consiste na grande novidade. À agência Associated Press, Geoff Johns disse ter escolhido um personagem com um perfil parecido com o seu para mostrar os efeitos do sentimento anti-árabe e anti-muçulmano sobre o garoto e também sobre sua família. A história de Baz pode ter um efeito interessante sobre parte dos leitores, mas dificilmente será capaz de romper o preconceito existente nos Estados Unidos.
Um relatório publicado em agosto passado pelo Centro para o Progresso Americano, um think tank de esquerda baseado em Washington, mostrou quão organizada é a campanha anti-árabe e anti-Islã nos Estados Unidos. Em 2001, quando a Al-Qaeda atacou, os órgãos de segurança norte-americanos se notabilizaram por seu ínfimo conhecimento a respeito da ameça do terror islâmico. Desde então, as autoridades desenvolveram uma eficiente rede de investigação contra esse tipo de terrorismo, e a mídia passou a dar ênfase a ele. Assim, diz o relatório, criou-se a falsa impressão de que o terror muçulmano é mais prevalente do que realmente é. Essas informações servem, prossegue o estudo, para abastecer e estimular uma rede de islamofobia que envolve organizações, blogueiros, militares, jornalistas e políticos cuja atuação acaba por ameaçar os conceitos de liberdade religiosa e respeito pela diversidade étnica nos Estados Unidos.
Por conta dessa campanha, imigrantes ou cidadãos americanos de origem árabe ou muçulmanos são representados de forma distorcida e, em muitos casos, “demonizados” pelo restante da sociedade. Pesquisas do instituto Pew indicam que os muçulmanos americanos têm hábitos e ideias muito semelhantes às do restante da população norte-americana, que a maioria (81%) rejeita o terrorismo como ferramenta política, mas mesmo assim 55% dizem que viver nos EUA ficou mais difícil depois do 11 de Setembro. Levantamentos mostram também que 28% dos muçulmanos americanos já se sentiram alvo de suspeitas infundadas, 22% foram xingados na rua e 21% foram alvo de preconceito em aeroportos. Neste ano, o blog Danger Room, da revistaWired, revelou que um professor de um colégio militar americano dava aulas a futuros recrutas a respeito de uma suposta “guerra total” contra o Islã, que incluiria até mesmo a destruição das cidades sagradas de Meca e Medina. O professor alertava que partes das aulas poderiam não ser consideradas “politicamente corretas” fora do ambiente militar.
Neste clima, teorias da conspiração como as que afirmam que Barack Obama é muçulmano e que há um plano para implementar a sharia, a lei islâmica, nos Estados Unidos, ganham força. Segundo o Pew, ainda hoje um em cada seis americanos acha que Obama é muçulmano. E até pré-candidatos à Presidência dos EUA, como Herman Cain e Newt Gingrich, ambos do Partido Republicano, aderiram à campanha contra o “perigo” da sharia. Romper a lógica da islamofobia nos EUA realmente parece um trabalho para um super-herói.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
30 anos de um símbolo do pop nacional
Incrível, mas o Kid Abelha está completando 30 anos de carreira. Fazendo uso do clichê: parece ter sido ontem. Ainda me lembro de escutar "como eu quero" na rádio transamérica a caminho da escola. E eu estava no "primário" quando essa pérola pop simplesmente arrebatou corações e mentes oitentistas. Por essas e por outras, não tive como não conferir o show comemorativo que o multishow hd transmitiu dia desses. Ah, essa memória afetiva. Só ela mesmo para nos reconciliar com os gostos do passado e nos fazer enxergar o óbvio: as melhores melodias da música pop são aquelas que dominam nosso inconsciente, invariavelmente ficam adormecidas por anos (no meu caso, décadas), mas estão sempre ali, acessíveis aos sentidos, prontas pra nos fazer reviver aqueles bons, velhos e lúdicos minutos.
Foi mais ou menos isso que senti enquanto assistia ao show do trio carioca. Nem vale a pena escrever sobre a produção, impecável até não mais poder. Enquanto a banda se apresentava, imagens do passado transitavam pelos telões, lembrando de momentos em que o rock nacional era tão relevante quanto o pop gringo que monopolizava as rádios. Época que, aliás, o Kid Abelha atravessou de maneira muito digna, assim como atravessou as décadas seguintes, apesar do olho torto da crítica. Paula Toller e cia. resistiram ao teste do tempo porque se mantiveram fiéis a alguns princípios elementares da música pop: respeito aos fãs, competência e um raro tino para compor belas melodias, algo cada vez mais incomum no cenário atual.
Durante o show, contei pelo menos uns 10 megassucessos, daqueles hits radiofônicos que todo mundo, do porteiro do seu prédio ao padre da sua paróquia, conhece de cor. "Te amo pra sempre", "educação sentimental", "seu espião", "fixação" etc, etc. Difícil imaginar algum terráqueo alheio a essas canções. Minha tese é que o sax de George Israel é tão eficiente em criar arranjos marcantes que ele cumpre o papel equivalente a um Angus Young da vida: o de forjar riffs totalmente grudentos e absolutamente inesquecíveis. Talvez ninguém no pop nacional consiga isso tão bem quanto Israel. A guitarra de Bruno Fortunato continua lá, discreta mas em sintonia com o restante do conjunto. Quanto a Paula Toller, digamos que está mais do que na hora de colocá-la no devido lugar: o de musa absoluta do pop brasileiro. Aos cinquenta (!) anos, está maravilhosamente em forma, afinadinha e, o mais importante, limita-se a cantar, e não a fazer aula de aeróbica em cima do palco, como parece que virou moda entre as "divas". Sem contar que seu figurino é um presente de bom gosto sempre bem-vindo. Uma beleza que só enriqueceu a apresentação. Showzaço. Até perdoei a participação de Ivo Meirelles no final…
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Os grandes desenhistas do homem-morcego
Segundo os últimos levantamentos, "Batman: o cavaleiro das trevas ressurge" segue sua carreira de sucesso nos cinemas e já se tornou o filme de maior bilheteria de toda a série, fechando uma excelente temporada para as adaptações de hq's. Parece até que elas já viraram um gênero autônomo, de modo que é bem possível, em um futuro próximo, encontrarmos os catálogos de filmes com o gênero "quadrinhos" ao lado de outros como "western", "ficção científica" etc. Nada mau para uma mídia que sempre foi vista com desdém pela "intelectualidade" reinante e sofreu todo tipo de preconceito ao longo de seus mais de cem anos de existência. Escritores e desenhistas de hq's, salvo raras exceções, não costumam ser vistos como os artistas que realmente são, mesmo que nos apresentem obras muitas vezes extremamente desafiadoras e inovadoras do ponto de vista estético e narrativo. Bem, só lamento pelos preconceituosos, que estão abrindo mão de conhecer uma das formas de manifestação artística mais enriquecedoras que a humanidade já inventou.
Por falar em grandes artistas, da mesma maneira que fiz quando "O espetacular homem-aranha" estourou nas bilheterias, elaborei uma lista com alguns dos grandes artistas que trabalharam com o homem-morcego ao longo do tempo e que, de uma forma ou de outra, contribuíram para toda a mitologia do batman. Um dos pontos que mais me chamaram atenção no novo filme foram as referências a várias boas histórias publicadas há vários anos, e talvez o morcegão seja o personagem da DC com maior número de grandes histórias em seus mais de 70 anos de existência. Poucos personagens tiveram um tratamento tão digno quanto o Batman, cuja mitologia conta com as contribuições de mestres como Dennis O'Neill, Alan Moore, Frank Miller, Jim Starlin, Grant Morrison e Neil Gaiman, autores brilhantes que, de um modo ou de outro, deixaram suas marcas no cânone quadrinhístico do órfão mais conhecido de Gotham City. Aqui, escolhi somente alguns desenhistas que, acredito, ajudaram o Batman a se tornar o que ele é hoje: um dos maiores fenômenos pop de todos os tempos, rivalizando lado a lado com verdadeiras instituições como "James Bond", "Tarzan", "Sherlock Holmes" e "Flash Gordon". Eis os nomes escolhidos:
1 - Neal Adams
Frank Miller que me desculpe, mas o verdadeiro responsável por devolver o Batman `as sombras e enterrar de vez a imagem "camp" que havia ficado da série de TV sessentista foi esse senhor, simplesmente um dos maiores gênios da nona arte. Junto com Dennis O'Neil, Adams protagonizou uma verdadeira revolução nos quadrinhos a partir da década de 70, sempre colocando seu traço virtuoso a serviço de tramas sérias e muito bem forjadas. Influenciou todo mundo, de George Pérez a John Byrne, e hoje é reverenciado pelo que verdadeiramente conta: sua arte maravilhosa.
2 - Frank Miller
O grande artista dos quadrinhos dos anos 80, Miller é hoje um esboço do que já foi no passado. Mas não dá pra negar que sua obra-prima "Batman: o cavaleiro das trevas", é fácil a maior história do Batman de todos os tempos. Violenta, sombria, inovadora e desenhada com maestria, a hq foi a grande responsável pela fama conquistada por Miller e, junto com "Watchmen", faz parte das minhas histórias de super-heróis preferidas de todos os tempos, daquelas que valem a pena reler. Pena que depois Miller foi só ladeira abaixo.
3 - Brian Bolland
Curiosamente, Bolland é pouco lembrado como desenhista do Batman. Talvez porque tenha desenhado pouquíssimas hq's de super-heróis ao longo de sua carreira. Do morcegão, mesmo, só desenhou uma: "A piada mortal". Mas não precisava mais nada. Com seu traço limpíssimo e enquadramentos dignos de cinema, Bolland marcou época para toda uma geração de fãs dos autores ingleses que invadiram os EUA na década de 80. Para mim, seu coringa é um dos melhores já desenhados até hoje.
4 - Dick Sprang
Desenhista da velha guarda, operário-padrão como todos da época de ouro. Desenhou muita coisa, mas estabeleceu o visual pelo qual o Batman seria conhecido durante pelo menos duas décadas. Com uma levada pop inconfundível e original, Sprang influenciou, e muito, o design das animações do Batman da década de 70 e até mesmo da recente e divertida "Batman: os bravos e destemidos". Tenho a impressão de que suas ilustrações, se colocadas em exposição, poderiam perfeitamente ser confundidas com algum Lichtenstein.
5 - Jerry Robinson
Cocriador do Robin e do Coringa, Robinson é o representante clássico dos desenhistas autores, que complementam as ideias dos roteiristas. Em vida não foi reconhecido como tal, pois o nome do Batman sempre esteve muito mais ligado ao de Bob Kane, que era, na verdade, o dono do estúdio para o qual Robinson e Bill Finger trabalhavam. Seu traço é simples e direto, mas sua contribuição para as hq's é eterna.
Por falar em grandes artistas, da mesma maneira que fiz quando "O espetacular homem-aranha" estourou nas bilheterias, elaborei uma lista com alguns dos grandes artistas que trabalharam com o homem-morcego ao longo do tempo e que, de uma forma ou de outra, contribuíram para toda a mitologia do batman. Um dos pontos que mais me chamaram atenção no novo filme foram as referências a várias boas histórias publicadas há vários anos, e talvez o morcegão seja o personagem da DC com maior número de grandes histórias em seus mais de 70 anos de existência. Poucos personagens tiveram um tratamento tão digno quanto o Batman, cuja mitologia conta com as contribuições de mestres como Dennis O'Neill, Alan Moore, Frank Miller, Jim Starlin, Grant Morrison e Neil Gaiman, autores brilhantes que, de um modo ou de outro, deixaram suas marcas no cânone quadrinhístico do órfão mais conhecido de Gotham City. Aqui, escolhi somente alguns desenhistas que, acredito, ajudaram o Batman a se tornar o que ele é hoje: um dos maiores fenômenos pop de todos os tempos, rivalizando lado a lado com verdadeiras instituições como "James Bond", "Tarzan", "Sherlock Holmes" e "Flash Gordon". Eis os nomes escolhidos:
1 - Neal Adams
Frank Miller que me desculpe, mas o verdadeiro responsável por devolver o Batman `as sombras e enterrar de vez a imagem "camp" que havia ficado da série de TV sessentista foi esse senhor, simplesmente um dos maiores gênios da nona arte. Junto com Dennis O'Neil, Adams protagonizou uma verdadeira revolução nos quadrinhos a partir da década de 70, sempre colocando seu traço virtuoso a serviço de tramas sérias e muito bem forjadas. Influenciou todo mundo, de George Pérez a John Byrne, e hoje é reverenciado pelo que verdadeiramente conta: sua arte maravilhosa.
2 - Frank Miller
O grande artista dos quadrinhos dos anos 80, Miller é hoje um esboço do que já foi no passado. Mas não dá pra negar que sua obra-prima "Batman: o cavaleiro das trevas", é fácil a maior história do Batman de todos os tempos. Violenta, sombria, inovadora e desenhada com maestria, a hq foi a grande responsável pela fama conquistada por Miller e, junto com "Watchmen", faz parte das minhas histórias de super-heróis preferidas de todos os tempos, daquelas que valem a pena reler. Pena que depois Miller foi só ladeira abaixo.
3 - Brian Bolland
Curiosamente, Bolland é pouco lembrado como desenhista do Batman. Talvez porque tenha desenhado pouquíssimas hq's de super-heróis ao longo de sua carreira. Do morcegão, mesmo, só desenhou uma: "A piada mortal". Mas não precisava mais nada. Com seu traço limpíssimo e enquadramentos dignos de cinema, Bolland marcou época para toda uma geração de fãs dos autores ingleses que invadiram os EUA na década de 80. Para mim, seu coringa é um dos melhores já desenhados até hoje.
4 - Dick Sprang
Desenhista da velha guarda, operário-padrão como todos da época de ouro. Desenhou muita coisa, mas estabeleceu o visual pelo qual o Batman seria conhecido durante pelo menos duas décadas. Com uma levada pop inconfundível e original, Sprang influenciou, e muito, o design das animações do Batman da década de 70 e até mesmo da recente e divertida "Batman: os bravos e destemidos". Tenho a impressão de que suas ilustrações, se colocadas em exposição, poderiam perfeitamente ser confundidas com algum Lichtenstein.
5 - Jerry Robinson
Cocriador do Robin e do Coringa, Robinson é o representante clássico dos desenhistas autores, que complementam as ideias dos roteiristas. Em vida não foi reconhecido como tal, pois o nome do Batman sempre esteve muito mais ligado ao de Bob Kane, que era, na verdade, o dono do estúdio para o qual Robinson e Bill Finger trabalhavam. Seu traço é simples e direto, mas sua contribuição para as hq's é eterna.
sábado, 1 de setembro de 2012
More Cowbell!!!
Interessante como algumas coisas são completamente desconhecidas para nós. Olhando os foruns do Rocksmith, vi uma referência à "more cowbell", uma frase da cultura pop que talvez seja o equivalente a "Toca Raul!". Na Wikipedia tem um artigo explicando do que se trata.
Nem preciso dizer que morri de rir vendo Christopher Walken interpretar The Bruce Dickinson como produtor do Blue Oyster Cult.
Nem preciso dizer que morri de rir vendo Christopher Walken interpretar The Bruce Dickinson como produtor do Blue Oyster Cult.
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