A panini comics está fazendo um belo trabalho com as republicações de clássicos dos quadrinhos Marvel/DC. Sempre com acabamento de luxo, extras em profusão e uma boa tradução, a editora vem dando uma nova oportunidade para os leitores iniciantes conhecerem obras que marcaram a história das hq's. É o que acontece mais uma vez aqui, com o relançamento da obra-prima de Frank Miller e David Mazzucchelli, "Batman: ano um".
edição da Panini lançada recentemente |
Retomando a parceria que já havia rendido a seminal "Queda de Murdock", em 1986, Miller e Mazzucchelli foram contratados pela DC para recontar a origem do homem-morcego após o evento "crise nas infinitas terras". Para quem não lembra, a "crise" (a primeira de muitas que a DC promoveria desde então) foi uma espécie de "reboot" do universo DC, no qual antigos personagens ganharam novas origens e tratamento mais contemporâneo. Depois de entregar o Super-Homem para John Byrne e a Mulher-Maravilha para George Pérez (que também fizeram trabalhos excelentes), a major americana convidou Miller para uma pequena repaginada na origem do homem-morcego. O convite veio logo após o impacto da publicação de outra grande obra de Miller, "O cavaleiro das trevas". Esta, em conjunto com "A piada mortal", de Alan Moore, e "Ano um", forma a tríade das melhores histórias do Batman de todos os tempos, leitura obrigatória para todos os fãs do morcegão.
Diferente do que aconteceu em "Cavaleiro dos trevas", onde ficou com o roteiro e a arte, aqui Miller se encarregou apenas da história, deixando os desenhos para o mestre Mazzucchelli. E, assim como tinha acontecido em "A queda de Murdock", os dois produziram uma obra marcante do início ao fim.
a gênese do herói |
bela sequência criada por Mazzucchelli |
cena de "Batman Begins inspirada em "Ano um"
A edição da panini está lindíssima, com prefácio do editor Denny O'Neill e esboços de Mazzucchelli. Para melhorá-la, talvez a DC pudesse ter convidado Christopher Nolan para escrever um pequeno texto também, tendo em vista a clara inspiração de "Ano um" para o roteiro de "Batman Begins". Como os fãs bem sabem, sequências inteiras do filme de 2005 dirigido por Nolan foram tiradas diretamente da hq, como o ataque dos morcegos, a chegada de Bruce a Gotham e até mesmo a carta do Coringa no final, dando um gostinho do que aconteceria em "Batman: o cavaleiro das trevas". Mais recentemente, a Warner lançou uma elogiada animação baseada na hq. De qualquer forma, é sempre recomendável a leitura do texto original, que comprova o talento de Miller como um dos grandes nomes dos quadrinhos dos anos 80 e até nos faz esquecer suas recentes e polêmicas declarações sobre o movimento de ocupação de Wall Street.
A edição da panini está lindíssima, com prefácio do editor Denny O'Neill e esboços de Mazzucchelli. Para melhorá-la, talvez a DC pudesse ter convidado Christopher Nolan para escrever um pequeno texto também, tendo em vista a clara inspiração de "Ano um" para o roteiro de "Batman Begins". Como os fãs bem sabem, sequências inteiras do filme de 2005 dirigido por Nolan foram tiradas diretamente da hq, como o ataque dos morcegos, a chegada de Bruce a Gotham e até mesmo a carta do Coringa no final, dando um gostinho do que aconteceria em "Batman: o cavaleiro das trevas". Mais recentemente, a Warner lançou uma elogiada animação baseada na hq. De qualquer forma, é sempre recomendável a leitura do texto original, que comprova o talento de Miller como um dos grandes nomes dos quadrinhos dos anos 80 e até nos faz esquecer suas recentes e polêmicas declarações sobre o movimento de ocupação de Wall Street.
capa do DVD da animação que adapta a hq |
Uma da obras de arte dos quadrinhos. Um trabalho de primeira, merecia o post.
ResponderExcluirEsse é clássico mesmo. Acho muito melhor que o Cavaleiro das Trevas.
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