domingo, 29 de janeiro de 2012

Review: Os homens que não amavam as mulheres

Vi hoje a versão americana de Os homens que não amavam as mulheres. Ao contrário do título em inglês (The Girl with the Dragon Tattoo), a tradução para o português brasileiro é quase literal ao original sueco - Män som hatar kvinnor, ou "Os Homens que Odeiam as Mulheres".

O filme já me ganhou já nos créditos, com a música do Led Zeppelin numa espécie de clip do Marlyn Manson. Já tinha postado o clip anteriormente aqui no blog. Mas, ao contrário do tom cético que coloquei naquele post, tive de me render à versão. Para mim, a letra sobre hordas de vikings saqueando e estuprando fez todo o sentido com o clima do filme, que, de certa forma, também trata de bárbaros nórdicos.

Bom... não vou adiantar muita coisa sobre o filme, até porque acho que vale a pena cada um conferir por si. A garota faca-na-bota que dá o título ao filme em inglês é a atração principal. Mas Daniel Kraig manda muito bem, e consegue desvincular a figura do James Bond psicopata por ele encarnado no cinema.

A trama é complexa e o filme bastante longo. Não vi o original sueco, mas ouvi dizer que esse americano ficou até melhor. Imagino o quanto não deve ter nos livros, já que se trata de uma trilogia. Mesmo assim, vale dizer que o filme termina em si mesmo, não deixando ganchos propositais para os próximos, o que já considero um mérito em si.

Outro mérito - este digno de menção honrosa - é que o filme se passa na Suécia. Não se passa no Alaska, nem na Nova Inglaterra, nem em nenhum lugar da América. Ponto para David Fincher, que há horas não fazia um filme decente: os últimos que me lembro são o Benjamin Button e o Zodíaco, dois belos abacaxis.

Vou dar uma conferida no livro e depois dou minha opinião.

4 comentários:

  1. Vou assistir hoje. Recomendo o original sueco e os livros, que são uma boa diversão para dias chuvosos. Sou fã absoluto do Fincher. Acho que ele e o Nolan são os melhores diretores do cinemão americano atualmente. Gostei de todos os filmes dele, inclusive de Zodíaco e Benjamin Button, mas ainda acho que Seven é sua obra máxima.

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  2. O meu preferido é o Clube da Luta, que considero um dos melhores filmes dos anos 90. Comecei a ler o primeiro livro. Tô achando interessante, se bem que me parece que a estrutura episódica ficaria melhor adaptada para uma série de TV. Aliás, foi isso que eu notei no filme: os caras tiverem que espremer e podar muita coisa, e mesmo assim, saiu bastante longo.

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  3. Meu comentário vai na linha do comentário do Leonardo: o livro é muito legal. Coisa rara hoje em dia figurar um livro de qualidade entre os mais vendidos. Pois o livro do Stieg Larsson é a exceção. O filme sueco é muito bom também. Claro que, assim como a versão americana, deixa de lado partes do livro, o que é regra nas adaptações, e, ainda, altera o final, o que é interessante no caso. Por isso, recomendo: leia o livro, assista o filme original sueco e assista o filme americano. Eu assistirei. Sobre a continuação, fica a triste constatação de que "a menina que brincava com fogo" (no original seria, ipsis literis, a menina que sonhava com um galão de combustível e com um fósforo), apesar de relevador na série millenium, fica aquém do impacto do primeiro livro, e do primeiro filme. O filme sueco baseado no segundo livro é fraquinho. Estava passando na programação do canal fechado Max. Espero que o Fincher salve o filme.
    No mesmo sentido de Francis: acho que do primeiro livro daria para fazer dois filmes.
    Uma pena é que o Stieg Larsson não pode mais escrever.

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  4. Tô lendo o livro, mas... Acho que o cara escreve mais ou menos. Tem encheção de linguiça demais, parece que a preocupação do autor era fazer volume. Uma passagem que achei deveras constrangedora foi a descrição do iPod, "como um MP3 player bastante caro e que comportaria toda a coleção de discos da família" (ou algo assim). Há várias descrições desnecessárias deste tipo ao longo do livro, que também tem muito aquele estilo "best seller" de escrita. Na minha opinião, autor bom tem que saber deixar algumas coisas subentendidas, coisa que esse sueco parece não saber fazer. Não vejo necessidade em rechear um calhamaço com explicações bobas e redundantes, se o mesmo resultado poderia ser atingido com metade do número de páginas.

    De qualquer forma, o filme americano saiu muito bom. Ainda não vi o sueco, mas o farei essa semana. Lembro que o longa de David Fincher é realmente longo... mas o cara podou muitas dessas redundâncias do livro. É mais um mérito. Mesmo assim não deu para encurtar muita coisa, talvez desse para dividir em dois filmes, ou ainda adaptar a trilogia para uma série (quem sabe da HBO?).

    Também fiquei sabendo que as continuações não ficam à altura do primeiro, mas isso não posso opinar, porque ainda não vi nenhum.


    Abraços!

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