segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O samba do portoalegrense doido

Seguindo o clima de Carnaval, e para fugir um pouco dos sambas-enredos com pretensões épicos, contando histórias sobre como Mauricio de Nassau chegou à terra de Cabral, apaixonou-se por uma índia com lábios de mel, conheceu a capoeira e a caipirinha, jogou xadrez com D. João VI, sambou na passarela com Carmen Miranda, e discutiu com Charles Darwin a Teoria da Evolução das Espécies...





A Marchinha Psicótica De Dr. Soup
Júpiter Maçã


Antes de nada eu gostaria de explicar
Segue agora um mosaico de imagens mil
Chamado a marchinha psicótica de dr. Soup
A noiva do arlequim e o malabarista
Chegaram junto com a fada e o inspetor nazista
Chacretes e coristas em teatro de revista

Bem-vindos a orgia niilista, ai que gostoso
Que delícia, muito mais paulista
Anunciados o homem-bala e a mulher canhão
A musa do Pinóquio era bolchevista
A mais formosa melindrosa pega na Suíça
Suíça pra ela era pegar rapaz

E pra provar minha querida
O meu amor tão radical
Eu escrevi essa marchinha
Para tocar no carnaval

O milênio passaria e a marchinha seguiria
Sendo cult underground
Mas até 2020 seria revisitada
E virar hit nacional

O timbre do Caetano é super bacana
Não pense que eu estou copiando, que eu sou banana
Peguei emprestado pras artes da semana
Abrindo as portas da percepção
Um tal de Aldous Huxley de cara, ficou doidão
Tomando toda a solução

Doidão é apelido para a paranóia
Toda jibóia, toda bóia, toda clarabóia
Querida, que tal baixar o televisor?
Deitado no divã com Woody Allen
Eu tive um sonho com aquele estranho velho alien
Que era cabeça Bob Dylan, barba Ginsberg Allen

E pra provar minha querida
O meu amor tão radical
Eu escrevi essa marchinha
Para tocar no carnaval

O milênio passaria e a marchinha seguiria
Sendo cult underground
Mas até 2020 seria revisitada
E virar hit nacional

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