Millor Fernandes se foi. E com ele se vão as frases irônicas, as tiradas engraçadíssimas, o brilhantismo e também a suavidade de um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro. O traço de Millor esteve em minha memória desde minha infância e está indelevelmente ligado ao meu interesse por quadrinhos. Junto com o velho Jaguar, Millor definiu o moderno cartunismo brasileiro. Suas charges eram sempre ácidas, certeiras. Pelo andar da carruagem, todos os veículos de comunicação, independentemente das preferências políticas, passarão o dia fazendo homenagens a ele, sinal de que perdemos uma das raras unanimidades brasileiras, daquelas insubstituíveis.
A semana foi ruim para o humorismo brasileiro. Morre Chico, morre Millor. Enquanto isso, a Globo hipocritamente reprisa a "Escolinha", tentando homenagear o humorista que deixou anos na geladeira...
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