quarta-feira, 20 de junho de 2012

A vida, a política e tudo mais

Impressionante como foi negativa a reação da blogosfera em relação `a esdrúxula aliança PT/Maluf em São Paulo. Os pragmáticos paulistanos conseguiram desagradar a todos, deram o clássico tirombaço nos dois pés e ainda vão perder a eleição. Mas, enfim, o que mais esperar dos nossos partidecos? Pouco republicanos, avessos `a renovação e mais agarrados ao poder do que os parasitas de um filme de terror barato, eles refletem o total fracasso da democracia representativa brasileira, moldada sob a lógica do fisiologismo. A pergunta que sempre fica é: podemos criar um modelo alternativo? Na medida em que o maior partido de esquerda do Brasil engrossa o coro dos defensores da "realpolitik", todos aqueles que buscam um modo diferente de fazer política tendem a ficar absolutamente desolados com o nosso cenário partidário. Como incentivar o engajamento político-partidário, principalmente dos mais jovens, se as opções vão ficando escassas? Como acreditar em uma transformação mais profunda pela via institucional se todas as alternativas democráticas vão, pouco a pouco, se revelando como legítimos engodos? "Oh, céus! Oh, vida!", diria um famoso personagem dos cartoons. Diante de tudo isso, nada como o bom e velho humor para nos dar algum alento…


 

2 comentários:

  1. A aliança com o Maluf foi a maior vergonha alheia de todas. Mas a coisa já começou mal há pouco tempo em Minas Gerais.

    O mais patético é os caras que tendam defender o pragmatismo da coisa. Na real, o PT de SP é uma cambada de canalhas. SP é o ninho dos tucanos, mas a "oposição de esquerda" lá é tão oposição como é o PFL (quero dizer, DEMOCRATAS) em nível nacional.

    A rigor, parece que o PT de SP quer fazer de tudo para perder as eleições lá. Convenhamos que essa "aliança" não tem praticidade nenhuma e não agrega valor nenhum. Só traz desgaste político.

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  2. Bah, com o Maluf é para matar. Mesmo para o pior dos pragmáticos, só se perde com tal "apoio". Uma bóia de chumbo para quem pretende nadar.
    Belíssimo texto!

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