A origem do cartaz luso apresentado em post anterior
A frase, direta e sem frescuras, "privatizem a puta que vos pariu", contundente e agressiva à finesse dos executivos reinantes na sociedade global, remete aos cadernos de Lanzarote, do grande José Saramago. Num mundo em que a concentração da riqueza aumenta em poucas e gananciosas mãos, em que o prejuízo se socializa entre a grande massa da sociedade "20 por 80" (termo que deve ser atualizado!), as soluções apresentadas são sempre as mesmas: sacrifícios e ajuste fiscal. Eis a razão da história neoliberal, a verdade única que se traduz para a maioria como precarização do trabalho e a restrição de direitos, especialmente dos direitos sociais. As repetidas crises do capitalismo globalizado não afetam a sensibilidade corporativa: sempre a mesma solução - mais do mesmo: sacrifícios e ajuste fiscal.
No cenário, há sempre a possibilidade de dar vazão a voracidade privatizadora, daí o cartaz apresentado pela turma d'além mar. E, nas manifestações, Saramago, presente!
Segue o trecho simples, ácido e direto dos cadernos de Lanzarote, do inesquecível Saramago.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
A frase, direta e sem frescuras, "privatizem a puta que vos pariu", contundente e agressiva à finesse dos executivos reinantes na sociedade global, remete aos cadernos de Lanzarote, do grande José Saramago. Num mundo em que a concentração da riqueza aumenta em poucas e gananciosas mãos, em que o prejuízo se socializa entre a grande massa da sociedade "20 por 80" (termo que deve ser atualizado!), as soluções apresentadas são sempre as mesmas: sacrifícios e ajuste fiscal. Eis a razão da história neoliberal, a verdade única que se traduz para a maioria como precarização do trabalho e a restrição de direitos, especialmente dos direitos sociais. As repetidas crises do capitalismo globalizado não afetam a sensibilidade corporativa: sempre a mesma solução - mais do mesmo: sacrifícios e ajuste fiscal.
No cenário, há sempre a possibilidade de dar vazão a voracidade privatizadora, daí o cartaz apresentado pela turma d'além mar. E, nas manifestações, Saramago, presente!
Segue o trecho simples, ácido e direto dos cadernos de Lanzarote, do inesquecível Saramago.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
MMMMMMMM
ResponderExcluir