domingo, 20 de maio de 2012

Onde estarão os privatas?

Quando mostrei o livro do Amaury Jr. (não o cronista social) para meu pai, ele disse que aquilo não ia dar em nada. Eu ingenuamente falei que já estavam abrindo CPI e tal. Infelizmente ele estava certo, e a tal CPI nem passou da fase embrionária, subitamente abortada por uma supostamente mais relevante, envolvendo um senador paladino a verdade, um empresário do jogo e uma gossip magazine semanal.


Na boa, concordo plenamente com Guilherme Scalzilli


Estou andando para a reputação da Veja. 


Mas  me preocupa  a péssima qualidade do sinal do celular (que as operadoras me vendem por 3G achando que eu sou trouxa de acreditar). 


Fico irritado com o péssimo serviço de (tele)atendimento. Imagino o que diriam os privatas nos tempos das Teles públicas se fosse dito que para fazer alguma queixa de que o telefone não funciona, o cidadão teria que... telefonar para o setor de reclamações e ficar esperando na linha.










A Privataria sumiu


Em meio a tantas polêmicas, passa despercebido o súbito esquecimento da Privataria Tucana, tema explosivo que há poucoanunciava um terremoto institucional no país. É verdade que a CPI do Cachoeira, o Código Florestal, a Comissão da Verdade, a Copa do Mundo e outras agendas trabalhosas já saturam as pautas jornalísticas e canalizam o combustível político da base governista. Mas convém ter em vista que a escolha dessas prioridades também deixou sua cota de questionamentos inconclusos.

Causa particular estranheza a importância conferida à CPI do Cachoeira tanto pela esquerda quanto pela imprensa corporativa. Se considerarmos que seus maiores incentivadores no Congresso pertencem à ala petista ligada a Rui Falcão (retratado de maneira pouco lisonjeira no livro de Amaury Ribeiro Jr) e que eles recebem o inusitado apoio dos próprios veículos que tentaram usar a escandalolatria mensaleira para desestabilizar o governo Lula, a opção ganha cores de estratégia.

Para medir a importância econômico-social desse enfoque, basta verificar se o contribuinte está mais preocupado com a reputação da Veja ou com a falta de sinal do celular e as quedas cotidianas das conexões de internet.

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